sexta-feira, 24 de agosto de 2007

As notícias de hoje, 24/08, são:

As notícias de hoje, 24/08, são:


- Caixa acelera retomada de imóveis em atraso



- Construção civil adere à onda verde


- Cresce venda de imóveis sob impacto da mineração


- Creci-SP: 60% dos imóveis da capital paulista foram pagos à vista em julho


- São Paulo segue como canteiro de obras



Caixa acelera retomada de imóveis em atraso

As facilidades oferecidas pelos bancos para compra da casa própria – com redução das taxas de juros e esticamento dos prazos de pagamento para até 25 anos – não representam que os inadimplentes terão vantagens no momento de renegociar parcelas em atraso. Pelo contrário.

Segundo a ANM (Associação Nacional dos Mutuários), a Caixa Econômica Federal tem intensificado a retomada de imóveis com prestações vencidas. A instituição está arrematando 70% das casas de mutuários inadimplentes e as levando a leilão. Por dia, cerca de 10 casas são leiloadas somente na região.

De acordo com o presidente da ANM, Marcelo Augusto Luz, no primeiro semestre de 2007 houve um aumento de 20% nos leilões extrajudiciais promovidos pela Caixa, em relação ao mesmo período do ano passado.

Em 2006, na Grande São Paulo havia em média 15 leilões por dia. Já no período de 2007 esse número pulou para 20 leilões ao dia. Ou seja, há mais pessoas perdendo casas do que no ano passado.

“O resultado disso é catastrófico para os mutuários, pois eles correm o risco de sofrer uma reintegração de posse, sem ao menos terem o direito de defesa”, aponta Luz.

Caixa - Ao contrário do que parece, a inadimplência vem caindo desde 2004, segundo a CEF. Para se ter uma idéia, em 2005 a inadimplência de contratos foi de 9,9%, em 2006 foi de 7,5% e em 2007 não alcançou 6% no primeiro semestre.

Dentro da lei - Além disso, a instituição afirma que após vários contatos com os mutuários inadimplentes, por meio de cartas e outros meios, é cumprido o que se prevê a legislação e contrato firmado.

Mutuários da região têm casas leiloadas

Os mutuários devedores no Grande ABC que foram ameaçados de perder seu imóvel em um leilão da CEF (Caixa Econômica Federal) alegam que têm conhecimento das cláusulas do acordo.

No entanto, eles dizem que não previam que, depois de alguns anos, fossem perder o emprego e que a instituição financeira não entendesse a situação.

No caso de Antônio Inácio do Nascimento, de São Bernardo, a falência da sua pequena empresa e o desemprego da esposa não estavam nos planos quando assinaram o acordo do financiamento de 20 anos do imóvel.

Depois de pagar quase um terço do financiamento da casa e atrasar três anos, Antônio recebeu em 2007 uma carta informando o dia do leilão do imóvel.

“Corri para uma agência para tentar negociar, mas não teve conversa. Recorri à ANM (Associação Nacional dos Mutuários) e já conseguimos driblar o leilão duas vezes”, comenta Nascimento.

Negociar - Hoje Antônio está empregado e trabalha como motorista de caminhão. Sua esposa também arrumou uma vaga de trabalho temporário e, assim, pretendem juntos pagar a dívida com a Caixa.

No entanto, não têm fôlego para quitar e sim de pagar em pequenas prestações. “Entramos com recurso para tentar negociar o acordo. Acho que a caixa poderia ser menos radical e aceitar um acerto que fosse bom para as duas partes”, complementa Nascimento.

Sem acordo - Também com a andreense Ana Monteiro que tem dois anos de parcelas da casa atrasadas a instituição finaceira não quis conversa, segundo ela. “Eles falaram que eu deveria pagar tudo de uma vez ou minha casa seria leiloada. Fiquei desesperada. Seria uma desempregada sem uma casa para morar”, conta Ana.

Nessa circunstância, Ana procurou a ANM e, por meio de uma ação judicial, o leilão foi cancelado. “O juiz disse que a Caixa não pode arrematar meu imóvel. Agora vou entrar com uma ação para conseguir diminuir as parcelas”, explica Ana.

Fonte: Diário ABC





Construção civil adere à onda verde

O banco ABN Amro Real aproveitou o atual momento de incentivo à construção civil no País e criou o programa Obra Sustentável, voltado aos clientes de crédito imobiliário. Além de receber um guia de boas práticas para construtoras e incorporadoras, que explica como construir levando em consideração o meio ambiente - eficiência energética, uso de materiais menos poluentes, reutilização de água, entre outros itens - o tomador de crédito ainda passa por uma avaliação dos impactos socioambientais de seu empreendimento.

"Desde 2004 avaliamos o risco socioambiental dos negócios antes de conceder crédito, mas agora queremos aproveitar o bom momento da construção civil para conscientizar o setor", explica Antônio Barbosa, superintendente executivo de crédito imobiliário do Banco Real. O programa entrou em vigor na semana passada.

Os prédios em construção que estiverem em conformidade serão identificados com o logotipo do programa, o que, segundo Barbosa, será um diferencial para a obra. "Já existem cidades no mundo onde os edifícios com apelo ambiental conquistam maior valor de venda", diz. A carteira de crédito imobiliário do banco no País é da ordem de R$ 2,5 bilhões e vem crescendo - foram R$ 1,5 bilhões de crédito em 2005.

Selo verde O mercado de construção sustentável está aquecido no mundo todo, em especial nos EUA, berço da certificação Leed (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental),atualmente o selo de construção sustentável mais conhecido - existem outros seis sistemas de certificações no mundo todo. No Brasil, há 20 empreendimentos em construção na fila para obter o Leed. Há um ano, eram menos de dez.

São conjuntos comerciais como o Ventura Corporate Towers, no Rio, e o Rochaverá Corporate Towers, em São Paulo. Ambos são da incorporadora Tishman Speyer. Outros exemplos são o Eldorado Business Tower, da Gafisa em São Paulo, e o novo complexo do Hospital Albert Einstein, a cargo da construtora Racional. No mundo todo, existem cerca de 5.000 edifícios prestes a receber o selo.

A febre da construção sustentável começou com o aumento do rigor das leis ambientais nos países desenvolvidos, e não deve parar de crescer por aqui. "Tem um pouco de modismo, mas é fato que aumentou a consciência ambiental das empresas", diz Juliana Malho, gerente de sustentabilidade da consultoria Cushman&Wakefield, uma das empresas que conferem o selo Leed no Brasil. "As empresas conseguem reduzir custos fixos, como água e energia em até 30%, em comparação com um edifício convencional. Podem ainda usar o marketing da sustentabilidade em seus empreendimentos", diz.

O Brasil terá, em breve, uma adaptação do Leed para a realidade local. "O País pode avançar muito. Os empreendimentos hoteleiros na costa brasileira, por exemplo, são um exemplo de construção insustentável", diz Thassanee Wanick, presidente do Green Building Council Brasil, entidade que comanda a iniciativa.

Fonte: Último Segundo - IG





Notícia - mercado de Belo Horizonte/ MG:



Cresce venda de imóveis sob impacto da mineração

Relatório aponta que o mercado de apartamentos novos cresceu 40;perc; neste semestre. Edificada sobre a maior província mineral do mundo, a cidade de Belo Horizonte vive a maior expansão imobiliária da década, em decorrência da grande exportação de minério de ferro que, no ano passado, alcançou mais de 100 milhões de toneladas e se credenciou como um dos principais itens da balança comercial brasileira. De acordo com o relatório Construção e Comercialização de Imóveis, referente ao mês de junho, e produzido pelo Instituto Pesquisas Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, o mercado de apartamentos novos cresceu 40;perc; no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2006.

De acordo com o documento, foram comercializados na capital mineira, no período, 1.410 unidades, das quais 576 na planta. "Nunca houve nada igual e sequer parecido, desde 1980, quando nossa atividade perdeu o fôlego", disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-MG), Walter Bernardes de Castro. O industrial atribui o crescimento dos negócios em imóveis à redução de juros, ao aumento do crédito imobiliário e ao ambiente de estabilidade macroeconômica, que proporciona maior confiança ao comprador de imóveis em assumir compromisso de longo prazo.

Um dos compradores listados na pesquisa certamente é o engenheiro Luciano Vasconcelos, que adquiriu um apartamento de cinco quartos por valor superior a R$500 mil, no bairro Belvedere, numa região que o solo apresenta teor com mais de 50;perc; de minério de ferro. Proprietário de uma pequena mineradora, a menos de 100 quilômetros de distância da sua futura moradia - o imóvel ainda está em obras - o industrial viu o minério de ferro, na última década, ter seu preço elevado de US$15 dólares para US$ 45 dólares por tonelada. Além disso, o produto que no passado era regateado pelos compradores hoje é disputado por importadores que querem adquirir até a sua mina.

Não muito distante da sua futura residência, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a segunda maior mineradora diversificada do mundo, anunciou há poucas semanas, através da sua subsidiária, a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) , que ampliará o seu nicho de negócios além do extrativismo mineral. A MBR apresentou para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o Projeto Águas Claras, que prevê a implantação de um centro urbano de uso comercial e residencial em uma área de 194 hectares da extinta Mina das Águas Claras, de minério de ferro, no município de Nova Lima - região metropolitana de Belo Horizonte -, que encerrou suas atividades em 2002.

Como a princípio, a idéia da mineradora é contar com parceiros e investidores para fazer parte do projeto, que será desenvolvido ao longo de 20 anos, a Vale não possui os valores totais do investimento. De acordo com declarações , na época, do presidente da MBR, Wilfred Bruijn, a CVRD não seria a responsável direta pelos empreendimentos ali implantados, pois a empresa apenas os coordenaria e teria a responsabilidade sobre as condições ambientais. Segundo Bruijn, por estar ainda em uma fase inicial - o Projeto Águas Claras está no processo de aquisição de licenças ambientais -, fica difícil estimar tanto os valores das terras quanto quais seriam as empresas e quanto cada uma delas investiria no local. "O que posso adiantar é que já estamos em negociações com algumas empresas que se mostraram bem interessadas no empreendimento", garantiu. O Projeto Águas Claras comportará uma infra-estrutura com comércio, negócios, serviços e residências, com prédios, de no máximo, cinco andares e condomínios para receber cerca de mil famílias.

Também fazem parte do projeto uma área destinada ao ensino, hotéis, parque de feiras, um shopping a céu aberto, instalações de lazer, um parque urbano e um espaço cultural. Sua âncora será o novo centro administrativo da CVRD em Minas Gerais, que reunirá todos os setores da empresa, que hoje estão em diferentes pontos de Belo Horizonte e onde estima-se que trabalharão cerca de 2.500 empregados da companhia.

Quando tiver completamente pronto, a perspectiva é que espaço conte com uma população fixa e flutuante de cerca de 20 mil pessoas. A expectativa é que as obras, pelo menos do centro administrativo, comecem no início de 2008. O empreendimento imobiliário está a 20 minutos do centro da capital mineira. O crescimento dos negócios imobiliário é sentido em todas as empresas de ramo na capital mineira, como a Decisão Imóveis, especializada em vendas de apartamentos nas regiões leste e centro sul. "Neste ano já vendemos 25;perc; mais imóveis que no primeiro semestre do ano passado", informa o diretor da imobiliária, William Xavier.

O consultor de imóveis Ítalo Gaetani, do Consórcio Alicerce Castor, observa que a classe alta está comprando apartamento em dinheiro, "segurando" o imóvel que se tornou um ativo valorizado por causa da baixa de juros. "A cidade acanhada partiu para comportamentos mais cosmopolitas, ao preferir imóveis de grande conforto", declarou. Em relação à turbulência no mercado imobiliário norte-americano e sua possível repercussão no País, o presidente do Sinduscon mineiro não acredita que ela tenha poder para fazer os negócios na capital mineira adormecerem novamente. "O setor está bem e os investidores perceberam que é melhor financiar imóveis do que emprestar ao governo, que oferece taxas de juros muito baixas. Além disso, o mercado ainda está reprimido", declarou o presidente do Sinduscon.

Fonte: Gazeta Mercantil



Notícias - mercado de São Paulo/ SP:
Creci-SP: 60% dos imóveis da capital paulista foram pagos à vista em julho

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) revela que, em julho, 60% das vendas de imóveis usados na capital paulista foram feitas à vista.

Além disso, a pesquisa aponta que mais de 54% das casas e apartamentos comercializados no período custavam até R$ 100 mil, sendo que 18,65% deles estavam compreendidos entre R$ 61 e R$ 80 mil.

Alta e baixa dos preços

Entre junho e julho, a maior alta de preço foi verificada nos apartamentos de padrão standard, entre 8 a 14 anos de construção e localizados na Zona E (Brasilâdia, Pedreira e Pirituba). No período, o valor médio do metro quadrado aumentou 8%, de R$ 700,76 para R$ 756,83.

Por outro lado, os apartamentos de padrão médio, construídos há mais de 15 anos e situados também na Zona E, tiveram a maior redução no preço, de 7,72%. Isso porque o valor do metro quadrado passou de R$ 923,07 em junho para R$ 851,79 em julho.

Vendas 2,08% menores

Ainda de acordo com o Creci-SP, as vendas de imóveis usados na cidade de São Paulo caíram 2,08% entre junho e julho. Com isso, o índice de vendas passou de 0,4944 para 0,4841 no período. Em junho, houve queda de 2,21% em relação a maio.

Para a entidade, o fato de a maioria dos negócios ainda ser feita à vista contribui para que o mercado viva em freqüente oscilação, com a alternância de altas e baixas nos negócios.

Fonte: InfoMoney



São Paulo segue como canteiro de obras

Dados levantados pela Embraesp - Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio e consolidados pela consultoria Itcon - Inteligência de Consumo comprovam a máxima que São Paulo é um canteiro de obras. Desde o início do "boom imobiliário", em janeiro de 2004, a capital registra crescimento de 35% de unidades lançadas ao ano.

Quase todas as regiões da cidade apresentam aumento no lançamento de unidades, com destaque para a zona leste (93% de alta), seguido da zona sul (46%). Apenas a região norte apresentou decréscimo (38%).

O aumento na procura não gerou grande alteração no valor do m² útil em São Paulo. Nos últimos quatro anos, a média foi de R$ 2.745,00, variando entre R$ 2.462,00 (valor médio mínimo, registrado no 1º trimestre de 2006) e R$ 3.047,00 (valor médio máximo, registrado no 3º trimestre de 2004).

Com a facilidade do crédito imobiliário, a tendência é difundir novos nichos, como os de imóveis populares, ou seja, unidades com preço até R$ 150 mil, e a conseqüente diminuição de lançamentos de alto padrão.

Fonte: Gazeta Mercantil

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