sexta-feira, 24 de agosto de 2007

As notícias de hoje, 22/08, são:

As notícias de hoje, 22/08, são:



- Crédito no Brasil ainda engatinha e está a 15 anos do subprime



- Julio Bogoricin prorroga feirão até o dia 30



- Ajuda à classe média



- Setor habitacional em queda livre



- Taxa de juros é o item que mais atrai consumidores na hora de fazer empréstimos



- Caixa cobra taxa de 8,16%


Crédito no Brasil ainda engatinha e está a 15 anos do subprime
Diante da crise do mercado hipotecário americano, que sacode o mundo desde meados de julho, é inevitável a pergunta: o Brasil está gestando sua própria bolha imobiliária, agora que o crédito habitacional bate recordes e as incorporadoras voltam-se para o mercado de baixa renda? A resposta unânime dos especialistas é não. Um problema idêntico ao americano, localizado no mercado subprime – o de pagadores de alto risco – vai demorar bastante para encontrar condições de se manifestar no país. Isto, caso um dia se manifeste. Para os especialistas, em termos de crédito imobiliário, o Brasil está pelo menos 15 anos defasado em relação aos países desenvolvidos. Além disso, nosso sistema possui diferenças marcantes em relação ao americano.

"Houve uma expansão global do mercado imobiliário nos últimos 15 anos, e o Brasil ficou de fora", afirma Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Mortgages. Desde o estouro da bolha da internet, no início da década, os negócios imobiliários aceleraram ainda mais nos outros países. Para estimular a economia, o Federal Reserve – banco central americano -, por exemplo, reduziu a taxa de juros naquela época. Com os empréstimos mais baratos, a população foi às compras e impulsionou a construção civil nos Estados Unidos. O mesmo ocorreu em outros países, como a Inglaterra, a Espanha, e até em emergentes, como o México. Em muitos países, os imóveis se valorizaram fortemente.

Nesse mesmo período, porém, o Brasil concentrava-se em estabilizar sua economia com uma política monetária austera, que se baseava em juros altos. Com a taxa básica de juros em dois dígitos, o crédito imobiliário caro afugentou os tomadores. Além disso, a falta de instrumentos legais seguros desestimulava bancos e incorporadores a estender o crédito, seja no prazo, seja para mais fatias da população. O resultado foi uma pasmaceira no mercado durante anos a fio.

Expansão conservadora

O que se assiste no Brasil, hoje, é muito mais um início de "normalidade" do mercado de crédito imobiliário, do que uma concessão sem critérios de financiamento, de acordo com os especialistas. "Não estamos emprestando para endividados ou desempregados", afirma Carlos Eduardo Duarte Fleury, superintendente geral da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Esta, segundo Fleury, é a diferença fundamental em relação ao que ocorreu nos Estados Unidos. Lá, após o crédito ter atingido todo o mercado potencial de bons tomadores, começou a avançar rumo aos que apresentavam um mau histórico de pagamento, ou mesmo não tinham renda certa para quitá-lo. Desempregados ou pessoas com histórico de mau pagador tinham acesso a linhas de crédito de dezenas de milhares de dólares. A concorrência entre as instituições financeiras fez com que os clientes pudessem ter acesso a dinheiro sem acumular uma poupança mínima nem apresentar as extensas listas de documentos exigidas no Brasil. Corretores de imóveis interessados em ganhar comissões facilitavam a conclusão de negócios com inadimplentes. Formou-se o mercado subprime, epicentro do atual terremoto que devasta o mercado financeiro mundial. Aqui, a expansão do crédito é mais conservadora. Os bancos, em geral, exigem uma entrada de 20% a 30% do valor do imóvel. Também pedem garantias de pagamento. O valor da parcela, por exemplo, deve equivaler a cerca de um terço da renda do pretendente. Sem isso, nada de financiamento.

Mesmo quando se fala do crescente interesse dos construtores e incorporadores pela baixa renda, é preciso lembrar que isso significa famílias com renda mensal de cinco a dez salários mínimos – ou 1.900 a 3.800 reais por mês. E, mesmo para estas famílias, as condições exigidas para a concessão do crédito não são diferentes. Neste ano, a Brazilian Mortgages lançou uma linha de financiamento hipotecário de 30 anos – o mais longo do país. Se o interessado quiser recorrer a esse produto para comprar um imóvel de 60.000 reais – considerado bastante popular no mercado -, terá direito a, no máximo, 40.000 reais de crédito. Parcelado em 30 anos, pagará uma prestação mensal de 382,39 reais. A contrapartida é que tenha uma renda mínima de 1.760 reais. Logo, o valor da parcela equivale a 22% de seus vencimentos. "Não existe mercado subprime no Brasil", resume Nogueira, diretor da empresa.

"O que está alimentando o crédito, hoje, são os juros menores e os prazos maiores. Não mudamos os critérios de aprovação, como o limite de comprometimento de renda", afirma Leonardo Correa, vice-presidente de Relações com Investidores da MRV, incorporadora e construtora com forte atuação no mercado de baixa renda e classe média baixa. Até meados de 2005, o prazo médio dos financiamentos imobiliários era de 10 a 15 anos. Com a queda dos juros, a estabilidade econômica e a aprovação de instrumentos jurídicos como a alienação fiduciária – aquela que garante que a propriedade do imóvel é do agente de crédito até a quitação do contrato -, os prazos puderam se alongar para 20 anos, o que reduziu o valor das prestações e trouxe mais gente para o mercado. "Se, antes, um imóvel de 100.000 reais era acessível a alguém que ganha 5.000 reais, hoje ele pode ser vendido para uma pessoa com 3.800 reais", compara Correa. Se as condições macroeconômicas se mantiverem nos próximos anos, há quem aposte que os prazos de financiamento se estenderão até 25 anos, incorporando outros clientes em potencial.

O déficit habitacional brasileiro beira os 8 milhões de moradias. Oitenta e quatro por cento dele corresponde a famílias com renda mensal até três salários mínimos. Trata-se de uma fatia da população que só será atendida pelos incorporadores em condições muito especiais, ou seja, com o apoio do governo, por meio de subsídios explícitos à construção e ao financiamento dessas unidades. Assim, ao contrário dos Estados Unidos, onde essa camada teria potencial para engrossar o subprime, aqui ela suscita outra abordagem, que também restringe o potencial de inadimplência da carteira.

Proporções reduzidas

Neste ano, os financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança deverão bater um novo recorde, superando o de 2006, de 9,340 bilhões de reais, referentes a 113.873 unidades financiadas. Em janeiro, a Abecip estimava que a carteira de crédito atingisse 12 bilhões de reais, mas o forte ritmo dos meses seguintes já faz a associação esperar um resultado maior. Até julho, o total contratado somava 8,524 bilhões de reais, distribuídos por 98.757 unidades. No acumulado de 12 meses, o montante atingiu 12,903 bilhões de reais. "Tudo indica que vamos chegar a dezembro acima da previsão inicial", diz Fleury, da Abecip.

Mas os números mostram que o mercado imobiliário brasileiro ainda está engatinhando, se comparado ao restante do mundo. A maior companhia hipotecária americana, a Countrywide Financial Corporation, detinha uma carteira de 1,43 trilhão de dólares no final de julho – mais do que todo o PIB brasileiro.

Apesar da intensidade com que vem se desenvolvendo, o mercado imobiliário brasileiro é modesto mesmo diante de outros países emergentes. Segundo um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o crédito imobiliário corresponde a apenas 1,7% do PIB brasileiro. Nos Estados Unidos, a taxa é de 65%. Na Holanda, sobe para 111%. Entre os emergentes, a África do Sul apresenta taxa de 20%; o México, de 9%; Chile, de 13%; e a Índia, de 2,2%.

A participação do financiamento imobiliário no PIB brasileiro já foi maior. Entre 1973 e 1982, quando o extinto Banco Nacional da Habitação (BNH) era o principal responsável pelo sistema, a taxa chegou a 6,5%. No auge do BNH, em 1980, 627.000 unidades foram financiadas. Em 2007, a Abecip espera cerca de 150.000 imóveis. De acordo com o BNDES, se o ritmo do mercado se mantiver, a participação dos financiamentos imobiliários no PIB vai dobrar para 4% em 2010. Ainda assim, uma taxa bastante modesta.

Efeito limitado

Mesmo que uma bolha imobiliária estourasse no Brasil neste momento, suas conseqüências seriam mais restritas no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, para fazer caixa e continuar emprestando, as companhias hipotecárias vendem suas carteiras de crédito a outros investidores, como fundos de pensão e fundos multimercados. Assim, um eventual calote pode repercutir em vários pontos do mercado.

No Brasil, porém, o mercado secundário de recebíveis imobiliários ainda é bem pequeno. Quando foi criado, em 1994, os especialistas imaginavam que alcançaria 10 bilhões de reais logo nos dois primeiros anos. Mas os juros altos tiraram o charme dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que não podiam competir com a rentabilidade oferecida pelos títulos públicos do governo, por exemplo. O desempenho ficou bem abaixo do esperado. Em 2000, foram feitas apenas cinco emissões de CRIs, que representaram 171,6 milhões de reais. O pico foi em 2006: 34 operações, num total de 2,102 bilhões de reais. No ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários registrou 1,071 bilhão em emissões.

De acordo com Fleury, da Abecip, uma série de entraves impede a expansão desse mercado secundário. Só recentemente os juros reais ficaram na casa de um dígito ao ano; a falta de padronização dos contratos onera os processos de emissão; e as regras do Banco Central ainda inibem as emissões lastreadas em operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), origem da maior parte do crédito imobiliário do país. As poucas operações vistas são lastreadas em grandes projetos, como shopping centers ou empreendimentos erguidos com recursos de mercado, e não oriundos da poupança.

É claro que o Brasil continuará sentindo os efeitos da turbulência causada pela crise do subprime americano. Inserido cada vez mais na economia mundial, o país é foco de investidores estrangeiros e sofre todos os solavancos do pânico atual. Mas uma legítima crise subprime verde-amarela ainda está bastante distante. O que os especialistas e os números mostram é que um problema desse ocorre em mercados maduros. E, no campo imobiliário, o Brasil ainda está mais para verde que para amarelo.

Fonte: Exame



Julio Bogoricin prorroga feirão até o dia 30
Em razão do sucesso do 'Feirão do Imóvel Certo', realizado de 4 a 20 de agosto, o Unibanco e a Julio Bogoricin decidiram prorrogar a promoção até o final do mês. Cerca de 1.000 imóveis já foram vendidos durante o período, com financiamentos sendo aprovados em até 15 dias. A Julio Bogoricin colocou à venda cerca de 20 mil imóveis residenciais e comerciais.

Fonte: O Globo



Ajuda à classe média

Vicente Nunes e Edna Simão - Correio Braziliense

Enquanto os EUA vivem uma crise imobiliária, com reflexos no mundo todo, no Brasil, governo estuda ampliar financiamentos

O governo está longe de se deixar abater pela estouro da crise imobiliária nos Estados Unidos que varreu mundo e deixou um rastro de prejuízos. De olho na classe média, segmento no qual o presidente Lula amarga seus maiores índices de rejeição, o Palácio do Planalto autorizou a Caixa Econômica Federal a fazer um agrado nesse público. Nos próximos dias, a instituição, controlada pelo Tesouro Nacional, anunciará mudanças nas linhas de financiamento da casa própria com recursos da caderneta de poupança. Se não houver nenhum imprevisto, o prazo dos contratos saltará de 15 anos para até 20 anos, prazo já adotado pelo maioria dos bancos privados. Também haverá ligeira redução nas taxas de juros. "As novas regras já estão praticamente formatadas", disse um executivo da Caixa.

A instituição separou, para este ano, R$ 5 bilhões da caderneta de poupança para o financiamento de imóveis novos e usados, terrenos e construção. Esse dinheiro é direcionado a famílias com renda mensal acima de R$ 4,9 mil, por meio de cartas de crédito. Nas linhas para a compra de imóveis de até R$ 130 mil, as taxas de juros variam entre 9,56% e 11,4% ao ano acima da variação da Taxa Referencial (TR). Para empreendimentos avaliados em mais de R$ 130 mil, os encargos vão de 10,9% a 11,4% ao ano, também acima da TR. As cartas de crédito correspondem a, no máximo, 80% do valor dos imóveis. "As nossas condições de financiamento já estão entre as melhores do mercado. Mas sempre é possível fazer ajustes em favor dos compradores", afirmou o executivo da Caixa.

Ele ressaltou que o mercado imobiliário está superaquecido. De janeiro a julho deste ano, somente por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), com dinheiro da caderneta, a Caixa liberou R$ 3,181 bilhões para a compra da casa própria, volume 48% superior aos R$ 2,156 bilhões emprestados em igual período de 2006. Na mesma comparação, o número de imóveis financiados saltou de 48.819 para 58.882. Nos 13 primeiros dias de agosto, foram liberados outros R$ 251 milhões.

Renda e emprego
Na avaliação do superintendente-técnico da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Pereira Gonçalves, tanto a Caixa quanto os bancos privados fecharão ao ano com empréstimos recordes para a casa própria. "Nossa meta é liberar R$ 15 bilhões em recursos da caderneta de poupança", afirmou. Para ele, existem dois aspectos positivos que sustentam o incremento dos financiamentos imobiliários. Primeiro: com o aumento da renda e do emprego, o risco das operações diminuiu bastante — em julho último, a taxa de inadimplência atingiu 4,9% dos contratos, contra 11,2% de 2003. Segundo: com a estabilização da economia e a queda dos juros, os bancos não estão mais dependentes da caderneta de poupança, pois encontraram outros instrumentos de captação de recursos para atender a clientela, entre eles, os fundos imobiliários.

"Hoje, se a caderneta não estivesse crescendo, o elevado retorno dos financiamentos imobiliários já seria suficiente para viabilizar um novo empréstimo, devido à queda da inadimplência", assinalou Gonçalves. Ele destacou que, juntos, Caixa e bancos privados — alguns, com prazo de pagamento de até 25 anos — liberaram R$ 8,524 bilhões para a casa própria nos sete primeiros meses do ano. Em relação a janeiro e julho de 2006, quando os empréstimos totalizaram R$ 4,961 bilhões, o incremento foi de 71,8%. "Ficamos muito próximo dos 100 mil imóveis financiados. Foram exatos 98.757", enfatizou o superintende da Abecip.

Tanto ele quanto os executivos da Caixa não acreditam na possibilidade de o mercado imobiliário brasileiro ser afetado pela crise financeira que atormenta o mundo, já que se trata de um setor muito ligado à economia interna, que está em franca expansão, podendo registrar crescimento de 5,2% neste ano, segundo a previsão do presidente do Bradesco, Márcio Cypriano. "Programamos R$ 3 bilhões para o financiamento da casa própria em 2007. Mas se tivermos demanda, ultrapassaremos esse limite tranqüilamente", avisou o comandante do maior banco privado do país.



Setor habitacional em queda livre
Nos EUA, o número de construções em andamento caiu 6,1% em julho, menor patamar em dez anos. As empresas construtoras, preocupadas com as restrições ao crédito e com a queda das vendas, reduziram suas atividades em julho - atingindo o menor índice em dez anos- mostram os dados divulgados ontem, indicando que a crise no setor habitacional poderá aprofundar-se e continuar prejudicando a economia americana. E as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) realize uma rara reunião antecipada sobre os juros permanecem altas à medida que a crise das hipotecas se desenrolar.

"Se o mercado continuar fechando "feito', o Fed não tem escolha a não ser atuar ... Se eles cortarem (as taxas), será em pelo menos 0,50 ponto percentual", disse o economista da Thredgold Economic Associates em Utah, Jeff Thredgold, que aconselha bancos regionais.

As construções em andamento caíram 6,1% para uma taxa sazonalmente ajustada de 1,381 milhão anual, informou ontem o Departamento do Comércio. A queda brusca, superior às previsões de Wall Street, fez com que os alvarás caíssem para seu patamar mais baixo desde janeiro de 1997. "O mercado da habitação continua em queda livre", disse o consultor Joel Naroff.

Outro indicador divulgado ontem foi o de alta nos novos pedidos de seguro-desemprego, que somaram 322 mil na semana passada, registrando acréscimo de 6 mil na comparação com a marca da semana retrasada, de 316 mil solicitações. Na média das quatro semanas encerradas em 11 de agosto, houve elevação de 4,750 mil requerimentos, para 312,5 mil, frente ao índice anterior, de 307,750 mil pedidos.

A crise do setor habitacional, outrora florescente, vem causando prejuízos à economia há mais de um ano. Os investimentos residenciais fixos são um componente do PIB, amplo parâmetro da atividade econômica dos EUA, e registram queda por seis trimestres consecutivos. De abril até junho deste ano, o PIB cresceu 3,4%; sem o problema da habitação, a taxa de crescimento teria sido de 3,9%.

Os dados referentes às construções em andamento divulgados ontem contêm um sinal de que a situação poderá piorar: no mês de julho, os alvarás despencaram 2,8% para uma taxa anual de 1,373 milhão ao ano. Os alvarás, que são um indicador de atividade futura no setor da construção, caíram nove vezes em 12 meses. "Como os estoques de casas novas continuam elevados, com as vendas de casas novas mais fracas e a recente turbulência provocada pelo maior rigor na concessão dos empréstimos, os inícios de construções provavelmente continuarão diminuindo", disse Steven Wood, da Insight Economics, em uma nota aos clientes. "A contribuição da construção para o crescimento econômico voltará a ser substancialmente negativa no terceiro e provavelmente também no quarto trimestre".

Os dados mais recentes sobre as vendas de casas novas mostram que a demanda caiu 22,3% em junho, em comparação mesmo de período anterior. "Ao mesmo tempo, as taxas de desistência aumentaram, o que aumenta as perspectivas mais sombrias", disse ontem a economista Michelle Meyer, do Lehman Brothers, em nota aos clientes.

Fonte: Gazeta Mercantil



Taxa de juros é o item que mais atrai consumidores na hora de fazer empréstimos

A taxa de juros é o item mais importante para os consumidores de baixa renda, na hora de escolher uma financeira, seja em lojas de rua ou de varejo, segundo a Pesquisa Painel de Crédito, realizada pela Fractal.

De acordo com o levantamento, realizado com 6.474 pessoas de oito cidades brasileiras, o quesito foi apontado por todos os entrevistados, em ambos os casos, ao serem questionados sobre as razões que os levaram a escolher uma determinada financeira nos últimos doze meses.

Lojas de rua e de varejo

Em segundo lugar, aparece a aprovação rápida do crédito, com 98% das respostas para as lojas de rua e 77% para as de varejo. Já os demais quesitos variaram entre as categorias, como é possível verificar na tabela a seguir.

Razões para a escolha da financeira

1ª Taxa de juros
2ª Aprovação rápida do crédito
3ª Limite apropriado de crédito / Preço menor
4ª Bom atendimento


5ª Maior prazo para o primeiro pagamento

Desconhecimento

Apesar de todos os entrevistados apontarem a taxa de juros como sendo o item mais importante na escolha de uma financeira, a pesquisa aponta que 74,5% deles não conhecem as taxas de juros embutidas nas operações de empréstimos.

Fonte: InfoMoney (Giovanna Rodrigues)



Caixa cobra taxa de 8,16%

As agências da Caixa Econômica Federal já operam com a nova taxa de juros de 8,16% ao ano mais TR (Taxa Referencial) para financiamentos da casa própria que usam dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A linha beneficia trabalhadores com renda familiar de até R$ 4.900.

As alterações foram aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS em reunião extraordinária no mês passado. Outra mudança que também favorece os interessados na compra do imóvel é a ampliação do valor de avaliação da unidade que passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil. O prazo de pagamento continua em 20 anos.

A modalidade permite a compra de unidades novas, usadas e na planta. O financiamento deve chegar a 100% do valor do imóvel. Os juros reduzidos também estarão valendo no Feirão da Casa Própria na Baixada Fluminense, que começa na sexta-feira. A taxa de 7,66% ao ano para quem tiver pelo menos três anos de conta vinculada do FGTS, só entra em vigor em 2008.

Juros menores

A instituição prepara nova redução na taxa de juros dos contratos habitacionais que usam dinheiro da caderneta de poupança, além da ampliação do prazo de pagamento, hoje em 20 anos.

A iniciativa da Caixa é tornar a linha competitiva, já que houve redução na taxa e ampliação do valor do imóvel na modalidade que beneficia o trabalhador com renda até R$ 4.900. Para se ter idéia, os bancos privados Itaú e Bradesco já aumentaram o pagamento do contrato para 25 anos.

Hoje, a Caixa opera com juros de 9,57% ao ano mais TR para imóveis até R$ 130 mil. Para unidades acima desse valor, a taxa é de 11,39% ao ano mais TR.

Inscrições para imóveis no Centro

A Secretaria Municipal do Habitat convoca interessados na compra de imóvel no Centro do Rio. Inicialmente, serão oferecidos 101 apartamentos de um ou dois quartos e dúplex divididos em dois empreendimentos. O financiamento pode chegar a 100% do valor do imóvel e deve favorecer aqueles que recebem até R$ 4.900. A taxa de juros vai de 6% a 8,16% ao ano mais TR (Taxa Referencial).

O Residencial Santo Cristo fica na Rua Pedro Alves 15. Segundo o secretário municipal de Habitat, Luiz Humberto Côrtes, o imóvel custa R$ 61 mil e a renda familiar exigida é de R$ 2.100. Já o empreendimento Moradas da Saúde, na Rua Conselheiro Zacarias 120, tem unidades de R$ 80 mil a R$ 92 mil. Nesse caso, a renda exigida é de R$ 3 mil.

“Os imóveis ficam prontos entre 14 e 18 meses. Durante a obra o mutuário paga prestações menores e as despesas com escritura e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) — que representa 2% do valor da unidade e é calculado pela Prefeitura”. Para inscrições, basta ir à Praça Pio X 119, 3º andar, Candelária.

Saque do PIS para 576 mil

Começa hoje o pagamento do abono salarial e dos rendimentos do PIS para quem nasceu em setembro. A previsão da Caixa Econômica Federal é que 576 mil trabalhadores serão beneficiados com dinheiro extra, que representa um salário mínimo nacional (R$ 380). Serão liberados R$ 213,4 milhões. Tem direito ao abono salarial o trabalhador cadastrado no PIS/PASEP até 2002, que trabalhou, no mínimo, 30 dias em 2006, com carteira de trabalho assinada, e recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais.

Já os rendimentos do PIS estarão disponíveis aos participantes cadastrados no PIS/PASEP até 4 de outubro de 1988, desde que ainda tenha saldo de quotas do PIS. O saque pode ser feito nas agências da Caixa. Nesse caso, é preciso levar identidade e comprovante de inscrição no PIS.

O trabalhador que tem o cartão do cidadão e senha cadastrada poderá sacar seu benefício também em terminal de auto-atendimento da instituição ou casas lotéricas. O saque pode ser feito até 30 de junho de 2008. Em seguida, o dinheiro vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Fonte: O Dia

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