quinta-feira, 27 de setembro de 2007

As notícias de hoje, 27/09, são:

As notícias de hoje, 27/09, são:

Notícia - Bancos no Salão imobiliário SP:
- Dobra participação dos bancos no Salão de Imóveis


Notícias - Bancos:
- Concorrência facilita crédito imobiliário

- Bancos pequenos acirram competição


Notícias - Crédito Imobiliário:
- Aumentos também no crédito imobiliário

- O "boom" é pop

- Rede total traça perfil de compra da classe média

- Acordo fora da Justiça


Notícia - Setor de construção civil:
- Mercado aquecido


Notícias - EUA:
- Queda do preço dos imóveis pode afetar gastos com consumo

- Desvalorização de imovéis deve aumentar perdas nos EUA



Notícia - Bancos no Salão imobiliário SP:
Dobra participação dos bancos no Salão de Imóveis
São Paulo, 27 de Setembro de 2007 - Dez instituições usam evento para atrair clientes com prazos maiores e taxas especiais. A segunda edição do Salão de Imóveis de São Paulo (Sisp) começa hoje com 10 bancos oferecendo financiamento aos visitantes - no ano passado, apenas quatro participaram.
O aumento da oferta dá a medida do aumento da concorrência nesse segmento. O Santander decidiu estender o prazo para 30 anos. Hoje, somente a companhia hipotecária Brazilian Mortgages (BM) e a Caixa oferecem esse prazo. "A partir de hoje, o prazo vale para todos os produtos: linhas para reforma, construção e crédito pessoal com garantia em imóvel, a 1% ao mês", diz Vitor Bidetti, diretor da BM.
O Santander também foi o pioneiro entre os bancos privados a lançar financiamento com taxas prefixadas. "A modalidade já responde por 40% dos novos negócios", informa Mauro Costa, superintendente adjunto de crédito imobiliário do banco. O prazo de 30 anos estará disponível na rede de agências apenas após o dia 15. Segundo Costa, será possível sair do salão com a carta de crédito aprovada.
O Citi, que voltou ao crédito imobiliário em agosto do ano passado, decidiu adotar taxas menores e prazos maiores para aumentar sua participação no mercado até o final do ano. João Rigobello, gerente da área no banco, diz que a demanda vem surpreendendo o banco.
O Banco Nossa Caixa promete liberar cartas de crédito até a não-clientes, e isentar os negócios fechados durante o salão de taxas de custo operacional. O Banco Fibra estréia no mercado com o produto TotalCasa, em sete modalidades.
"Nossa expectativa é fechar mais negócios do que no ano passado", afirma Ademir Cassielo, diretor executivo da área no Bradesco, sem revelar números. "O momento é muito favorável". O banco coloca hoje no ar um site dedicado a negócios imobiliários.
O Banco Real dividirá um estande com a Lopes Consultoria. "A idéia é oferecer o melhor produto nas condições adequadas para cada cliente", diz o superintendente Antonio Barbosa.
O Itaú também estará lá com seu estande, oferecendo prazos de até 25 anos.
"Fizemos reduções de até 15% em todas as nossas linhas de financiamento", diz o diretor do Unibanco, Luiz Veloso. Segundo ele, os visitantes poderão ter seu crédito aprovado em até 30 minutos - inclusive fora do horário comercial. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Léa De Luca)



Notícias - Concorrência:
Concorrência facilita crédito imobiliário
Maria Christina Carvalho e Fernando Travaglini - VALOR ECONÔMICO
A disputa pela oferta de crédito imobiliário está acirrada. Até agosto, o volume de operações com recursos da poupança chegou a R$ 10,331 bilhões, crescimento de 73,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Prova desse embate é a realização da segunda edição do Salão Imobiliário de São Paulo, com a oferta de mais de 30 mil imóveis e a participação de quase todos os bancos e instituições de crédito imobiliário. Por conta do evento, muitos bancos anunciaram medidas de ampliação do prazo ou redução das taxas.
O Citibank, por exemplo, oferece uma linha com juros iniciais de 7,95% ao ano. O banco, que retomou as atividades neste segmento em agosto do ano passado pretende entrar de "forma agressiva", diz o gerente de crédito imobiliário do banco americano, João Luiz Rigobello.
O Citibank já produziu o dobro das metas inicialmente traçadas. "Superou as expectativas", diz. Agora, o banco pretende começar a ofertar as linhas utilizando a financeira do grupo para atender classes mais baixas, a partir de R$ 60 mil. "Em todos os países em que atuamos, o crédito imobiliário é o principal negócio. Queremos crescer rápido".
O Bradesco também lança hoje um site exclusivo do segmento em parceria com incorporadoras, construtoras e imobiliárias para ofertas de imóveis novos e usados, com link direto para um simulador de financiamento do banco, diz o diretor-executivo do banco, Ademir Cossiello. O Santander também ampliou os prazos para 30 anos.

Bancos pequenos acirram competição
Maria Christina Carvalho e Fernando Travaglini - VALOR ECONÔMICO
Um novo modelo de crédito imobiliário está tomando forma no mercado brasileiro, desenhado pelos bancos pequenos e médios. Inspirado no sistema de distribuição que fez o crédito consignado disparar no país, o Bonsucesso vai oferecer crédito consignado em grandes lojas, onde os clientes serão atendidos por promotores; e também por meio de call center e correspondentes. A intenção é liberar os recursos em 15 a 20 dias.
A primeira loja do tipo ficará pronta em dois meses, em Belo Horizonte, e terá 450 m2 e 90 posições no call center, informou o presidente Paulo Henrique Pentagna Guimarães. Depois serão instaladas lojas do mesmo tipo também em outras capitais. "O grande salto do Bonsucesso virá do crédito imobiliário, negócio onde buscará seu crescimento", disse Guimarães, lembrando que enquanto essas operações representam 2% do PIB no Brasil; no Chile o percentual é de 17% e no México, de 15%. O presidente do Bonsucesso acredita que os negócios vão disparar quando os juros caírem a um dígito. Um bom impulso já houve com a criação do patrimônio de afetação e a alienação fiduciária dos imóveis.
O Banco Fibra acaba de entrar no crédito imobiliário adotando como canais de distribuição os corretores de imóveis e também os parceiros comerciais, que já trabalham como distribuidores de outros produtos da instituição.
O novo segmento do banco, chamado de TotalCasa, pretende atingir um público de renda mensal a partir de R$ 2 mil. Uma das novidades é o financiamento de 100% do segundo imóvel, que incluído as despesas com decoração ou reforma pode chegar a 110%.
O grupo Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), que opera exclusivamente no setor imobiliário (financiamento de obras ou estruturação de operações de securitização), criou neste ano a empresa BM Sua Casa. A empresa atende em lojas (cinco até agora) em shoppings centers ou na rua, com horário ampliado, disse o diretor Vitor Bidetti. A empresa foi a primeira a oferecer linhas de até 30 anos, desde 22 de maio, prazo que agora foi estendido para todas as linhas.
Para bancar a operação de crédito imobiliário, esses bancos contam com o modelo da securitização. Guimarães acredita que, à medida que o Brasil aproxima-se do investment grade, fundos estrangeiros virão comprar ativos de crédito para aproveitar o diferencial de taxas. Mas afirma também estar aberto a parcerias com construtoras, que fariam os imóveis conforme o cliente desejasse.
A BFRE já lança mão da securitização de títulos com lastro nos recebíveis do crédito imobiliário. A estrutura é bastante similar ao modelo americano chamado de Real Estate. A diferença está na forma como o crédito é concedido. O imóvel é usado como garantia, mas utilizando a alienação fiduciária, não a hipoteca.
A BM oferece ainda a possibilidade de financiar o segundo imóvel usando o antigo como garantia (segunda hipoteca, nos Estados Unidos) e oferece empréstimos pessoais utilizando o imóvel como garantia (até 50% do valor do imóvel), também para 30 anos, com taxa de 1% ao mês. Esses empréstimos pessoais também são oferecidos pelo Panamericano. No prospecto preliminar de abertura de capital do banco esse modelo é descrito como "home equity loan", empréstimo destinado a pessoas físicas ou jurídicas, profissionais liberais e autônomos "sem exigência de comprovação do direcionamento dos recursos".
O imóvel alienado fiduciariamente reduz a exposição à inadimplência por ser garantia real, possibilitando que o banco cobre taxas mais baixas e prazos mais longos.
A opção de securitização mais utilizada é a emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). Neste ano foram lançadas pouco mais de R$ 600 milhões em cotas. Entre janeiro e agosto de 2007, o volume de operações com recursos da poupança chegou a R$ 10,331 bilhões, com crescimento de 73,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O alvo do Bonsucesso é o crédito imobiliário para tomadores com renda de R$ 2 mil a R$ 4 mil, em operações médias de R$ 100 mil. Os empréstimos imobiliários poderão responder por 10% da carteira de crédito do banco até o final deste ano e crescer para 40% dentro de dois anos, disse Guimarães. A carteira do Bonsucesso cresceu para R$ 1 bilhão em agosto passado. Ao final do ano passado, o banco tinha patrimônio de R$ 115,9 milhões, carteira de crédito de R$ 574,5 milhões e originou R$ 705 milhões em consignado. No final do primeiro semestre, o patrimônio era de R$ 298,3 milhões; a carteira de crédito atingiu R$ 821,5 milhões (incluindo R$ 292 milhões em cessões com coobrigação), sendo R$ 661 milhões em consignado o e restante em capital de giro e financiamentos.
Para lastrear as operações, captou recursos com fundos de investimento em direitos creditórios (FDIC) e, neste ano, engrossou a onda dos bancos médios interessados em abrir o capital e lançar ações (IPO, na sigla em inglês). Mas, a turbulência dos mercados atrasou o IPO e levou o banco a adiá-la. O Bonsucesso nasceu como uma financeira em 1992. Em 1998, tornou-se banco múltiplo.


Notícias - Crédito Imobiliário:
Aumentos também no crédito imobiliário
Os financiamentos imobiliários estão batendo recordes sucessivos este ano. Em agosto, o volume de novas operações contratadas pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera com recursos das cadernetas de poupança, atingiu R$ 1,8 bilhão. Foi um novo recorde mensal, tanto no valor como no número de unidades financiadas (18.428). Entre janeiro e agosto, o volume de operações chegou a R$ 10,33 bilhões, crescimento de 73,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram emprestados R$ 5,95 bilhões. O número de unidades financiadas no período somou 117.237, contra 113.873 no ano passado.

O vice-presidente da área de materiais, tecnologia e mio ambiente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Eduardo Henrique Moreira, afirma que o aumento da demanda de produtos não prejudicou o andamento das obras. 'Há alguns atrasos de entrega, como é o caso do aço. Mas nada que prejudique os planejamentos', afirma.

O crescimento do mercado imobiliário tem sido sustentado principalmente pela oferta de crédito farto. Soma-se a isso o cenário de juros ainda em queda, a melhoria da renda, a expansão do emprego e as medidas de desoneração tributária para o setor. A Caixa Econômica Federal aumentou o prazo de financiamento e reduziu a taxa de juros e de administração dos contratos imobiliários para os contratos firmados a partir de setembro. O prazo de empréstimo de todos os contratos passou de 240 meses (20 anos) para 360 meses (30 anos). A taxa de juros caiu de acordo com a modalidade de financiamento. Nos contratos com a Carta de Crédito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a taxa de juros anual caiu de 8,66% para 8,16%, queda de 5,77%. Esses contratos representam 86% do total dos financiamentos de imóveis da Caixa e são feitos para imóveis de até R$ 80 mil.

Com maior volume de recursos e crédito mais amplo, as vendas de unidades de imóveis deram um salto neste ano. Em Belo Horizonte, as vendas de apartamentos novos somaram 1.410 unidades no primeiro semestre deste ano. A alta é de 40,44% em relação ao mesmo período de 2006, quando foram comercializadas 1.004 unidades, segundo levantamento do Ipead-Ufmg. O resultado deste primeiro semestre é o melhor desde 2001, quando a pesquisa detectou a comercialização de 1.661 unidades.

A oferta de apartamentos na capital cresceu 34,09% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2006. De janeiro a junho de 2007 foram lançados 1.125 apartamentos novos. Assim como no desempenho das vendas, o lançamento de imóveis residenciais novos no primeiro semestre deste ano foi o melhor desde 2001.

Fonte: Jornal do Commércio - RJ

O "boom" é pop
Os apartamentos populares -leia-se, na faixa de R$ 70 mil a R$ 150 mil - são o grande enfoque das incorporadoras de Sampa que estão baixando na terrinha.

Devo, não nego. Pago em 30 anos

O motivo do alvoroço imobiliário entre a classe média? Alongamento do prazo de financiamento para até 30 anos e queda de juros para até 8%. Ou seja, pacatos cidadãos que nem sonhavam com a casa própria já podem realizar a façanha.

Fonte: A Gazeta - ES

Rede total traça perfil de compra da classe média
Na classe média 60% dos consumidores preferem imóveis pequenos e 40% querem melhorar o padrão. Maioria dos lançamentos não atende esta demanda.

O ditado "quem casa quer casa" é uma realidade no mercado imobiliário. Só para se ter uma idéia, de acordo com Maurício Galetti Martins, diretor da Rede Total de Imóveis de Campinas, no setor 4 em cada 10 compradores são jovens casais. Este público, comenta, está começando a vida e procura por apartamentos de dois dormitórios numa faixa de preço que varia de 80 até 160 mil reais, no máximo.

O executivo diz que os casais mais velhos que já não moram com os filhos costumam trocar seus imóveis por menores que têm a preferência de 6 em cada 10 consumidores da classe média, enquanto 40% querem melhorar o padrão de moradia. Nesta faixa etária, observa, os consumidores também são atraídos pelos bairros próximos ao centro por causa da facilidade de locomoção. Já os jovens casais preferem ficar por perto da família. Este o caso de duas vendas recentes em que os clientes usaram o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para financiar os imóveis, comenta. Além disso, um levantamento feito pela Rede Total demonstra que 50% dos compradores costumam comprar imóveis nos arredores de onde já vivem. O problema é que a maioria dos lançamentos em Campinas é de 3 e 4 dormitórios e se concentra nos bairros Chácara Primavera, Mansões Santo Antônio e Parque Prado. Por isso, é comum o consumidor ter como única opção a compra de um imóvel usado. Este foi um dos principais motivos para a formação da Rede Total de I
móveis. Como são 65 imobiliárias associadas temos um maior número de ofertas para atender às exigências do consumidor, ressalta. Para quem pretende vender, ele diz que pequenas reformas como pintura e troca de piso podem valorizar o bem em até 10%, saem por menos que o valor investido e prioriza a escolha entre as ofertas no mercado já que o consumidor não vai ter de gastar em reformas para ocupar o imóvel.

Saiba como reduzir o valor das prestações

Incentivo para trocar o pagamento de aluguel pela prestação da casa própria é o que não falta. Do aumento de prazo à queda de juros, tudo conspira a favor do financiamento que aumentou a venda em 40% este ano. Embora possa parecer atrativo pelo menor valor das prestações, o valor final do financiamento por 30 anos equivale de duas a três vezes o valor do imóvel.

A saída segundo Galetti Martins é fazer uma poupança e financiar o menor valor possível. Outra dica é a diferença de preço entre imóveis novos e usados. O valor dos imóveis com mais de 8 anos de uso chega a ser 30% menor que o de lançamentos, comenta. Para quem tem pouco dinheiro no bolso, nas cidades do entorno de Campinas o custo do imóvel é bem menor. Segundo o diretor da Correa Neto Imóveis, Jair Correa Barbosa Filho, em Arthur Nogueira o metro quadrado de lotes saem por 120 a 180 reais contra 300 a 400 reais em Campinas. Quando o assunto é terreno, a maioria das opções tem área mínima de 500 metros. A Correa Neto já lançou oito loteamentos com terrenos de 250 metros quadrados e a inadimplência foi bastante baixa. Ao contrário do que se pode imaginar, o consumidor de menor renda é um excelente pagador diz Correa Neto

Fonte: Portal Terra

Acordo fora da Justiça
Defensoria Pública negocia com a Caixa Econômica criação de câmara para tentar solucionar pendências nos financiamentos

Os quase quatro milhões de brasileiros que financiaram a aquisição da casa própria pela Caixa Econômica Federal (CEF) podem ser beneficiados por iniciativa da Defensoria Pública da União (DPU), que pretende criar uma Câmara de Conciliação Habitacional e aliviar o trabalho do Judiciário. Dados da Associação Brasileira dos Mutuários de Habitação (ABMH) revelam que, atualmente, cerca de 500 mil contratos de financiamentos imobiliários com a CEF estão aguardando decisão da Justiça.

Segunda-feira, o defensor público-geral da União em exercício, Leonardo Lorea Mattar, entregou ao gerente nacional do Jurídico Contencioso da CEF, Jailton Zanon, a proposta que prevê a criação da câmara, que funcionaria como uma espécie de espaço onde a defensoria intermediaria acordos entre os mutuários e o bancos. A idéia é dar maior agilidade à solução de conflitos, diminuindo a necessidade de ações judiciais e desafogando o tão sobrecarregado judiciário brasileiro.

Problemas

Segundo a ABMH, 800 mil processos com algum litígio entre as partes estariam entupindo a Justiça brasileira. Somente referentes à Caixa, são pelo menos 500 mil. "São problemas de capitalização de juros, que o STF já decidiu que é ilegal e os bancos continuam fazendo, problemas de contratos mais antigos, com reajuste vinculados à remuneração profissional, e também relativos à cobrança de tarifas e taxas indevidas", explica o consultor jurídico da ABMH, Rodrigo Daniel.

O reajuste abusivo de prestações ou do saldo devedor do financiamento por parte das instituições financeiras é a grande causa das ações. Por um lado, mutuários que já pagaram o valor do imóvel e ainda estão com saldos devedores superiores a três vezes esse valor procuram desesperadamente a Justiça contra os excessos da dívida.

Por outro lado, uma vez que os mutuários deixam de pagar a prestação e ficam inadimplentes, é a vez de os bancos procurarem a Justiça para recuperar a posse do imóvel e cobrar o valor devido. De acordo com números do Banco Central, 20% dos seis milhões de mutuários no Brasil estão há mais de três meses sem pagar as prestações.

Com um mês de atraso, esse percentual sobe para 30%. Nos contratos mais antigos, se aproximam dos 50%. Isso sem contar a avalanche de recursos cada vez que a Justiça toma uma decisão. De acordo com o defensor Leonardo Mattar, os setores mais sobrecarregados da Justiça são os juizados federais especiais, criados justamente para serem uma alternativa rápida e simples à Justiça comum.

"Mas com o excesso de processos, eles acabam ficando tão lentos quanto as outras instâncias", comenta Mattar. Em alguns casos, os processos se arrastam por anos, e enquanto isso o mutuário é obrigado a continuar pagando as prestações abusivas ou ficar inadimplente e apostar, apenas, numa decisão favorável no futuro. "Nossa idéia é que a Câmara de Conciliação não vire mais uma etapa da guerra judicial, mas a única", diz o defensor, que espera, caso a CEF aceite a proposta, que 90% dos casos sejam resolvidos por acordos extrajudiciais.

Caixa decide não comentar

Procurada pelo Jornal de Brasília, a Caixa Econômica Federal informou, por intermédio de sua assessoria de Imprensa, que não comenta projetos ou propostas que ainda não foram concretizados.

Mas o defensor público-geral da União, Leonardo Lorea Mattar, está confiante na criação da Câmara. "Eles receberam muito bem a proposta. E nas audiências que realizamos a Caixa tem mostrado sensibilidade às demandas dos mutuários", aposta.

Presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Geraldo Tardin reagiu bem: "Nós recebemos a proposta de bom grado. Sempre incentivamos os mutuários que nos procuravam a tentar ppropor uma conciliação antes da ação judicial. A idéia é ótima".

No primeiro semestre de 2007, o saldo das operações de crédito imobiliário da Caixa foi de R$ 29 bilhões, 23% a mais do que o banco registrava no mesmo período de 2006. Até agosto, 283 mil novos financiamentos haviam sido realizados. A expectativa do banco é de que em 2007 somente em novas operações o volume emprestado alcance a cifra de R$ 9 bilhões.

Fonte: Jornal de Brasília - DF


Notícia - Setor da construção civil:
Mercado aquecido
O setor da construção civil de pequenas estruturas passa, este ano, por um dos seus melhores momentos históricos, com crédito cada vez mais acessível aos clientes finais e resposta firme dos empreendedores que, a cada dia, mais lançamentos oferecem ao mercado. Exemplo dessa pujança, que impacta os dois extremos do segmento -a oferta e a demanda aquecidas-, pode ser conferido concretamente a partir de amanhã, na capital paulista, com a abertura oficial do Salão Imobiliário São Paulo (SISP), no Parque Anhembi.

Promoção do Secovi-SP e da empresa especializada em feiras e eventos Alcantara Machado, o evento conta com a participação prevista de cerca de 150 empresas oferecendo produtos e serviços ligados ao setor, notadamente milhares de imóveis na cidade, no estado, no País e até no exterior.

Em paralelo, será realizado um seminário debatendo o tema do "Mercado Imobiliário como Alavanca do Desenvolvimento Econômico e Social da Nação". A iniciativa completa, feira e seminário, encerra-se no próximo domingo, dia 30.

Desfeitos, nos últimos tempos, vários obstáculos institucionais que impediam um maior crescimento do mercado imobiliário no Brasil, eis que, aceleradamente, esse segmento de negócios passa a ocupar novo patamar econômico. A cada semana novos empreendimentos imobiliários, residenciais, turísticos ou empresariais são anunciados, em todos os estados do País, contribuindo para aumentar a riqueza da nação, criando empregos e gerando renda a milhares de brasileiros.

Sexta-feira, dia 28, toma posse a nova diretoria do Secovi-SP, eleita para o biênio 2007/09. À sua frente, delineia-se o desafio de trabalhar pela maturidade do setor em meio à nova realidade econômica, como bem constata seu novo presidente, João Batista Crestana, que substitui no cargo ao empresário Romeu Chap Chap. Pela importância histórica do segmento na economia brasileira, agora realçada pelas novas oportunidades que se delineiam para o setor, fazemos votos de sucesso à nova administração e a todos os empreendedores da construção civil, de pequenas ou grandes estruturas, instalados no País.

Fonte: Jornal DCI


Notícias - EUA:
Queda do preço dos imóveis pode afetar gastos com consumo
A bolha no mercado imobiliário nos Estados Unidos ainda não foi totalmente desinflada e ainda pode trazer novos reflexos com a queda mais acentuada do preço dos imóveis, com impacto sobre os gastos com consumo dos norte-americanos, avalia a economista e professora da Fundação getúlio Vargas (FGV - SP), Eliana Cardoso.
Segundo ela, o preço dos imóveis, que estavam sobrevalorizados, ainda devem ter uma queda de até 20% com a correção dos preços dos ativos e os problemas no mercado subprime (de maior risco), o que poderia ter efeitos na economia real. Eliana ressalta que apesar de representar apenas 5% do PIB americano, o impacto do desaquecimento no setor imobiliário sobre o crédito e os gastos dos consumidores já têm apresentado reflexos na queda da venda de automóveis e bens de consumo duráveis. 'Os consumidores estavam se alavancando baseado no valor de seus imóveis e a medida que eles perdem valor eles podem frear seu consumo', afirma.

Outra preocupação é de que a restrição do crédito possa extravasar o mercado hipotecário e levar a contração de todo o sistema bancário.'Os bancos tiveram que emprestar a seus veículos que não fazem parte de seus balanços, o que consome seu patrimônio e restringe o crédito para o mercado', diz Eliana.

Para o ex-diretor de política monetária do Banco Central Alkimar Moura, o pior não passou e as perdas com a crise no setor imobiliário ainda não foram totalmente liquidadas nos balanços dos bancos. Segundo ele, as taxas de inadimplência ainda devem aumentar nos próximos 24 meses, o que pode impactar o mercado de crédito e os gastos com o consumo dos norte-americanos. 'Os riscos que estavam diversificados com os hedge funds podem retornar aos bancos, uma vez que as financiadoras imobiliárias vendem seus ativos para os grandes bancos atacadistas que podem ter problemas para securitizar os ativos hipotecários', afirma.

Moura ressalta que o problema pode se agravar uma vez que foram concedidos financiamentos hipotecários sem garantias para pessoas com alto de risco de crédito, e uma elavação da taxa de juros com a crise pode dificultar o pagamento dos empréstimos.

Paulo Tenani, chefe de Pesquisa para a América Latina do UBS Pactual Wealth Management, acredita que a probabilidade de uma crise sistêmica é muito pequena uma vez que o sistema financeiro está mais sólido e o risco se econtra bem distribuído.

Fonte: Gazeta Mercantil (Silvia Regina Rosa)

Desvalorização de imovéis deve aumentar perdas nos EUA
As perdas no mercado de crédito subprime nos Estados Unidos devem se intensificar, enquanto a desvalorização dos imóveis no país evita que aqueles com hipotecas de taxas de juros ajustáveis refinanciem suas dívidas em condições melhores. A informação é do jornal Financial Times.

Os preços dos imóveis nas 20 melhores cidades norte-americanas caíram 3,9% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2006 - a pior performance da década.

Além disso, dados do governo mostram que as vendas de imóveis no país caíram 4,3% em agosto.

Os analistas acreditam que os preços vão cair ainda mais, e prevêem que tal queda poderia devastar os compradores com hipotecas subprime.

Grande parte dessas pessoas tomou empréstimos com taxas de juros ajustáveis, acreditando que a alta no preço dos imóveis iria aumentar a chamada home equity, permitindo que eles refinanciassem suas dívidas antes que os juros aumentassem. O home equity é a diferença entre o valor do imóvel e o que ainda deve ser pago da hipoteca.

Entretanto, a desvalorização dos imóveis poderia deixar algumas dessas pessoas com o home equity negativo, tornando menor a possibilidade de que elas façam novos empréstimos.

Fonte: Estadão

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