segunda-feira, 10 de setembro de 2007

As notícias de hoje, 10/09, são:

As notícias de hoje, 10/09, são:

Mercado imobiliário:
- Imóveis como fonte de renda

- Construtoras já buscam mais recursos na Bolsa que nos bancos

FGTS:
- FGTS continua sendo a melhor opção

Crise imobiliária - EUA:
- Brasil segue imune, mas é bom não descuidar

- EUA fraquejam e mercado se retrai

- OCDE reduz previsão de expansão mundial


Notícia - mercado imobiliário:
Imóveis como fonte de renda
O Sindicato da Habitação do Estado (Secovi) está otimista com o retorno dos investimentos em imóveis. “Com a queda da taxa de juros e o alongamento dos prazos nos financiamentos, as pessoas estão cada vez mais interessadas em adquirir imóveis para complementação de renda no futuro”, ressalta Luciano Novaes, presidente do Secovi. Além desse incentivo, o empresário ressalta a queda dos ganhos em outros tipos de aplicações, como os fundos de investimento. Novaes alerta também para a valorização patrimonial dos imóveis numa cidade que, como tende a crescer cada vez mais, terá menos áreas para construção.

Fonte: Jornal do Commercio - PE

Construtoras já buscam mais recursos na Bolsa que nos bancos
Neste ano, empresas captaram R$ 6,8 bi na Bolsa, 64,3% mais que nas instituições financeiras
Monica Ciarelli e Alessandra Saraiva – OESP
O mercado de capitais já é a maior fonte de financiamento para as empresas de construção civil no Brasil, tarefa que antes ficava a cargo dos bancos, com destaque para a Caixa Econômica Federal (CEF).

Somente nos sete primeiros meses do ano, 11 construtoras abriram capital e lançaram ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Juntas, as companhias captaram R$ 6,8 bilhões, valor que supera em 64,3% os R$ 4,2 bilhões liberados pelo sistema financeiro para a construção de imóveis no mesmo período, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

A expectativa é que o volume levantado pelas construtoras no mercado de capitais cresça ainda mais ao longo de 2007. Outras cinco empresas já entraram com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para emitir ações. As empresas são a Herbor Empreendimentos, Moura Dubeux Engenharia, Construtora Tenda, Trisul e MB Engenharia. No ano passado, cinco construtoras chegaram à Bovespa, captando pouco mais de R$ 3 bilhões. Recentemente, a Tecnisa informou que pretende lançar R$ 150 milhões em debêntures simples.

A procura por esses papéis reflete a expectativa dos investidores que o mercado imobiliário brasileiro é um dos segmentos com melhores perspectivas de crescimento para os próximos anos. E coincide com o aumento do volume de crédito concedido pelos bancos para o setor. Só a CEF, banco estatal que mais financia o ramo, aumentou em 21,8% a liberação de recursos para a construção de imóveis no Brasil em 2007. A instituição liberou para as construtoras R$ 1,469 bilhão até agosto, cifra que supera os R$ 1,205 bilhão financiados no mesmo período do ano passado.

"Qualquer crescimento em relação a 2006 é extraordinário. Ele foi o melhor desempenho da Caixa em financiamento imobiliário dos últimos dez anos", disse a gerente nacional de Crédito Imobiliário do banco, Mara Lúcia Soterio.

Segundo ela, a busca por recursos no setor é crescente, por isso as companhias estão correndo também para o mercado de capitais para conseguir expandir seus projetos. "Muitas empresas estão abrindo capital e recebendo investimentos externos", observou.

NOVOS MERCADOS

Como as construtoras estão mais capitalizadas, elas podem se concentrar em regiões com maior déficit habitacional. Mara observou ainda que algumas companhias que antes direcionavam os recursos para a construção de imóveis voltados à classe média estão agora de olho também nos projetos para a baixa renda.

Se antes as construtoras dependiam do sistema financeiro para tocar seus projetos, hoje o setor está capitalizado, com fôlego para tirar da gaveta novos empreendimentos, o que permitirá acelerar a evolução de um setor que tem demonstrado bom desempenho desde 2006. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) da construção subiu 4,6% no ano passado, resultado bem superior aos 1,2% apurados em 2005.

O superintendente técnico da Abecip, José Pereira Gonçalves, lembrou que a expansão de crédito é um fenômeno que começou tomar corpo em 2003. Dados da associação mostram que a captação junto aos bancos quase dobrou de 2005 para 2006, alcançando R$ 4,6 bi.

Nos primeiros sete meses deste ano, o crédito às construtoras atingiu montante de R$ 4,258 bilhões, valor 71,6% acima do registrado em igual período em 2006 (R$ 2,480 bilhões) e mais de três vezes acima do apurado nos primeiros sete meses em 2005 (R$ 1,290 bilhão).

Na análise de Gonçalves, o cenário de estabilização e de recuperação de renda é propício ao desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. Com a demanda aquecida, as empresas procuram recursos para novos projetos, junto aos bancos ou por meio de ofertas públicas de ações. "No cenário atual, temos muitas alternativas para expansão de crédito", comentou. A previsão da Abecip é que, ao fim de 2007, a concessão de crédito às construtoras pelos bancos fique em torno de R$ 7,5 bi.

DÚVIDA

A dúvida dos analistas financeiros é se haverá espaço para todas as construtoras que estão vendendo suas ações na Bolsa. Algumas delas, dizem os especialistas, acabarão sendo compradas pelos concorrentes.

Notícia - FGTS:
FGTS continua sendo a melhor opção
Depois de divulgadas as mudanças no financiamento da casa própria pela Caixa Econômica Federal, o cliente deve se atentar em escolher a melhor modalidade de empréstimo. De acordo com o gerente regional de negócios da Habitação da Caixa, Marcelo Damião de Paula, a melhor opção é utilizar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Isso porque as taxas de juros são menores se comparadas às que regem a modalidade SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que cobra entre 9,56% e 13% ao ano acima da TR (Taxa Referencial). Pelo programa que usa o FGTS, quem ganha até R$ 1.875 tem taxa de 6% ao ano. Já os trabalhadores com renda entre R$ 1.875,01 e R$ 4.900 têm taxa de 8,16% ao ano acima da TR.

Além disso, para imóveis usados, o programa do FGTS exige entrada de apenas 20% do valor do imóvel negociado, enquanto no SBPE, o mutuário precisa pagar 30% do imóvel à vista. Para imóveis novos, a Caixa financia 100% pelo programa do fundo.
Apesar de oferecer taxas e condições mais atrativas, o financiamento com recursos do FGTS tem restrições muito maiores. Só podem participar dessa modalidade aqueles que não têm imóvel na região e que atendem a uma série de requisitos.

Simulações

A pedido do Diário, a Caixa Econômica Federal realizou uma série de simulações com imóveis cujos preços são de R$ 50 mil, de R$ 80 mil, de R$ 100 mil e de R$ 120 mil. Para a modalidade que usa recursos do FGTS, o valor máximo do imóvel a ser financiado é de R$ 130 mil. Assim, a simulação com imóvel de R$ 150 mil foi realizada apenas pela modalidade SBPE. As simulações mostram que um imóvel avaliado em R$ 50 mil, cujo financiamento pelo fundo seja feito por pessoa com renda entre R$ 1.875 e R$ 4.900, em 360 meses, apresenta parcelas mensais de R$ 423,49.

No sistema SBPE, as parcelas mensais permanecem as mesmas, com o mesmo prazo de financiamento. Mas, nesse caso, o mutuário precisa dar 30% de entrada, enquanto no outro, a entrada é de 20%. Assim, quem se enquandra na primeira opção enconomiza exatamente 10% do valor do imóvel.

Vale lembrar que o mutuário pode usar os recursos da sua própria conta de FGTS para dar a entrada nas duas modalidades de financiamento, desde que o valor do bem não supere R$ 350 mil. SBPE - Não existe uma renda mínima ou máxima para se fazer os financiamentos pelo SBPE. Isso depende da capacidade de pagamento das parcelas, cujos valores não podem comprometer mais do que 30% da renda mensal do mutuário.

A Caixa aceita, porém, a soma da renda de duas ou mais pessoas da mesma família ou que morem juntas sem relação de parentesco, como no caso de união estável ou de casais homossexuais. No SBPE, os mutuários podem ter desconto se optarem pelo pagamento com débito na conta corrente.

Para usar dinheiro do FGTS é preciso se enquadrar nas regras

Para fazer o financiamento da casa própria com os recursos do FGTS é preciso atender alguns pré-requisitos. O mutuário precisa ser pessoa física, com três anos de trabalho efetivo pelo regime do FGTS e só pode utilizar o recurso do fundo a cada dois anos. Ele também não pode ser titular de financiamento ativo no SFH (Sistema Financeiro da Habitação). Além disso, o cliente não pode ter imóveis próprio no município ou nos arredores, e precisa comprar na cidade em que mora ou trabalha. O cliente que optar por usar o fundo deve fazer a escolha no momento que fechar o contrato com a Caixa.

Fonte: Diário ABC (Tauana Marin)

Notícias - Crise imobiliária - EUA:
Brasil segue imune, mas é bom não descuidar
Em grande medida, a crise imobiliária americana vinha sendo antecipada, avisada e prenunciada pelo mercado financeiro. Na medida em que se aceitava absorver consumidores de baixa renda e sem maior histórico relevante no mercado de crédito imobiliário, ocorria de modo crescente a probabilidade de suceder-se o inadimplemento e a incapacidade de pagamento dos devedores da casa própria. Bancos lastreados no recebimento de juros em papéis sub-prime fizeram uma aposta perigosa, arriscada e sabiam das perdas potenciais que poderiam ter.

Por estas razões, não é de surpreender que diversos bancos especializados em créditos de longo prazo tenham ficado ilíquidos, e a ajuda dos bancos centrais no mundo, injetando US$ 348 bilhões em 21 dias, tenha sido uma das medidas para evitarem-se pânicos, quebras sistêmicas e efeitos dominó.

Resta a saber, e aí remanesce uma dúvida, se efetivamente o problema mundial e dos EUA resume-se apenas no mercado de sub-prime. O que assegura isso? Poderia ainda haver algo mais escondido, por debaixo do tapete, que não chegue aos ouvidos do comum dos mortais?

Por estas razões, é hora de ficar bem informado, agir com cautela e precaução. Nos bancos e financeiras, a seleção das carteiras de devedores; a correta filtragem dos bons pagadores daqueles que são problemáticos ou reincidentes; e o acompanhamento e a orientação parceira, que seja responsável, dos clientes, para que eles sintam maior segurança e melhor resultado em suas ações, hão de merecer atenção das lideranças setoriais e financeiras.

Neste sentido, internamente, o Brasil parece estar bem guarnecido. Entre 2003 e 2007 o dever de casa da busca do reequilíbrio das contas do Tesouro, da Balança de Transações correntes e da luta antiinflacionária foi bem elaborado e feito. Em julho de 2007, o Brasil fechou suas contas com um déficit do Tesouro que é de 2,8% do PIB; dispõe de US$ 162 bilhões em reservas internacionais e se dirige ao grupo dos jovens credores mundiais; e a inflação flutua perto dos 3,4%.

Daí, decorre que a bolsa brasileira pode sentir os efeitos dos medos internacionais, aos quais nos atrelamos num mundo globalizado e de transnacionais. Contudo, como os bancos brasileiros não possuem sub-primes em suas carteiras, nem as multinacionais brasileiras que dispõem de tesourarias no exterior, o risco de contaminação é realmente baixo.

O ponto que há de remanescer em nossas mentes, como lição do que ocorre nos EUA, é que o mercado de crédito imobiliário é complexo. Em 18 meses, esse mercado cresceu de forma excelente no Brasil, a uma taxa de 46% nominais, trazendo maior bem-estar a aproximadamente 1,3 milhões de brasileiros e suas famílias. Contudo, ao lidar-se com a camada da população que aufere renda baixa num quadro de desemprego elevado, próximo a 9% da PEA - População Economicamente Ativa, o limite de oferta de crédito se antecipa e limita.

A seleção dos tomadores há de ser mais cuidadosa, para evitar-se o perigo da incapacidade de pagamento e de penosas renegociações.

Criar mercado e aumentar o seu tamanho é necessário. Contudo não se há de queimar etapas nem colocar em risco a saúde financeira dos intermediários financeiros e das famílias.

Não é hora interna para ufanismos e declarações grandiosas, que afirmem que estamos incólumes e ao largo da crise mundial. Temos muitas lembranças de momentos do passado que expuseram nossas fragilidades e mostraram o quão delicado é um equilíbrio macroeconômico. Já sofremos bastante nos idos dos anos 1973/1974 e 1978/1979, quando as autoridades afirmavam que o Brasil era "uma ilha de prosperidade". Não era. E vimos repetir-se o problema com outra faceta, no setembro negro de 1982, quando o Brasil quebrou inapelavelmente.

Daquela data em diante, o Brasil cresceu pouco e não faltaram nem faltam numerosos apagões, dos mais diversos teores.

É hora de perseverar na busca de fundamentos macroeconômicos de fato saudáveis. É hora de fazer as reformas de Estado que permitam elevar o grau de produtividade tanto do setor público, quanto do setor privado. E é hora de agir com discrição, solidez e solidariedade.

Desta forma, a rota da evolução perdurará e a satisfação com o sistema aumentará.

Fonte: Jornal do brasil

EUA fraquejam e mercado se retrai
Indicadores ruins sobre a economia americana, mostrando uma desaceleração mais forte do que a esperada, costumam ser ultimamente recebidos com festa em Wall Street, pois tornam sem volta o caminho de redução dos juros básicos americanos. Ontem foi diferente. Embora o dado sobre venda de casas usadas e o de criação de novos empregos apontassem para a direção correta - um desaquecimento imprevisto - foram exageradamente ruins. E foram divulgados em um dia de reiteração oficial da visão otimista do Federal Reserve (Fed). Publicado à tarde, o Livro Bege não chancelou as expectativa de corte do juro básico na reunião do dia 18. Para o Fed, existem de fato restrições sérias ao crédito imobiliário, mas o seu impacto sobre o resto da economia ainda é limitado.

O indicador que mais contribuiu para a retração dos mercados foi o do setor imobiliário. A Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA informou que a assinatura de contratos de compra de imóveis usados tombou 12,2% em julho, quando um mês antes foi registrada alta de 5%. Os analistas previam de fato uma queda, mas de somente 2%. O índice caiu a 89,9 pontos, o menor nível desde setembro de 2001, ou seja, a crise atual é comparável à desencadeada pelos atentados terroristas. Os imóveis usados encalham porque cresceram as restrições à tomada de financiamentos e porque aumentaram as taxas hipotecárias. Neste caso, se o problema é de financiamento, não adianta uma redução de preço dos imóveis.

O dado de emprego também foi desanimador. De acordo com consultorias de recursos humanos, as empresas contrataram apenas 38 mil pessoas em agosto, a mais baixa contratação desde junho de 2003. A expectativa dos analistas era de 83 mil novas contratações. Em julho, o número tinha sido de 48 mil. O relatório oficial de emprego, a ser divulgado pelo governo americano amanhã, está cercado de grande ansiedade.

Livro Bege não endossa visão de corte do juro

A deterioração dos mercados, após cinco dias de trégua, foi acentuada. Os juros dos títulos de 10 anos do Tesouro americano caíram de 4,55% para 4,47%, evidenciando o aumento da aversão ao risco. O índice Dow Jones caiu 1,07% e o risco-Brasil avançou dez pontos, para 206 pontos-base. O dólar interrompeu no mercado doméstico uma seqüência de três quedas e fechou com valorização de 0,97%, cotado a R$ 1,9680.

Mesmo em dia de Copom, o mercado futuro de juros da BM&F não se mostrou imunizado contra recaídas da crise externa de liquidez. Não poderia ser diferente porque tanto a alta geral dos juros futuros como a inclinação positiva que a estrutura a termo da curva de juros passou a exibir em meados do mês passado resultam mais das turbulências e inseguranças externas do que do repique inflacionário doméstico. É este teoricamente o ponto central em que o Copom se pega para desacelerar o ritmo de corte da Selic, mas os efeitos externos sobre a curva de juros são igualmente decisivos.

A inclinação positiva da curva foi realçada ontem. Enquanto o CDI mais curto, para a virada do mês, subiu apenas 0,01 ponto, para 11,21%, o mais negociado, referente a janeiro de 2009, saltou 0,13 ponto, para 11,57%. E o CDI estimado para janeiro de 2010 pulou 0,17 ponto, para 11,85%. Na curva futura de juros parece estar embutido um prêmio de risco maior em relação aos juros reais, não em relação à inflação. Nesta última hipótese, as taxas futuras estariam subindo com base na suposição de que o Copom será doravante leniente com o soluço inflacionário. Os juros subiriam para compensar taxas de inflação maiores no futuro decorrentes da maior tolerância do BC. Impossível, mesmo depois da saída de diretores expoentes da linha-dura monetarista.

De acordo com estudo do Departamento de Análises da CMA, o DI futuro da BM&F projeta taxas de juro spot para a curva de juros atual no patamar de 11,85% a 12% para os vencimentos de janeiro de 2010 e janeiro 2012. Ou seja, as taxas valem para um período de cerca de quatro anos à frente. Mas se forem consideradas as taxas a termo, elas são ainda maiores, variando entre 12% e 12,20% para o mesmo período. Isso indica, segundo o economista Luiz Rogê Ferreira, da CMA, que o mercado não prevê qualquer ganho em termos de taxa de inflação, em torno de 4%, até 2012. O que parece difícil de acontecer uma vez que os fundamentos macroeconômicos do Brasil são sólidos. "É razoável supor que existirão ganhos ao longo desse período e que a persistirem os patamares atuais de taxas de juro teremos taxas reais anuais crescentes, da ordem de 7,70% a 7,90% no período que se estende de 2008 a 2011", diz ele. Atualmente, o juro real está projetado em 7,35%.Luiz Sérgio Guimarães é repórter de finanças

Fonte: Valor Econômico

OCDE reduz previsão de expansão mundial
A turbulência no mercado e os problemas dos EUA com o mercado de hipotecas "subprime" (para pessoas com histórico ruim de pagamento) vão prejudicar o crescimento econômico mundial neste ano, disse ontem a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A entidade pediu uma melhor regulamentação para abordar as "graves imperfeições" dos mercados imobiliários nos EUA e setores de crédito em todo o mundo. Ao apresentar sua avaliação intermediária entre as projeções do "Panorama Econômico" de primavera e de outono para os 30 países mais ricos, a OCDE disse que as perspectivas para a economia mundial são "claramente menos animadoras e mais incertas" do que em suas previsões de maio. Embora tenha reduzido suas expectativas de crescimento econômico das sete maiores economias em apenas 0,1 ponto percentual, para 2,2%, a OCDE disse que sua estimativa anterior errara para cima porque ainda era cedo demais para avaliar em que medida o reavaliação do risco em todos os mercados financeiros reduziria a atividade econômica. "Os riscos negativos tornaram-se mais ameaçadores num contexto em que as condições gerais do mercado financeiro provavelmente continuarão apertadas por mais tempo."

Jean-Philippe Cotis, economista-chefe da OCDE, elogiou os BCs pela "ação rápida e eficaz" que ajudou a conter a turbulência do mercado financeiro e sugeriu que a reavaliação do risco ocorreu em um momento menos ruim, já que o crescimento econômico mundial estava forte.

Mas ele disse que eventos recentes tinham revelado "graves imperfeições" no funcionamento dos mercados de crédito e pediu uma maior supervisão do mercado americano de hipotecas de segunda linha. Nos EUA, a OCDE cortou sua previsão para 2007 para 1,9%, contra os 2,1% previstos anteriormente, porque o setor de habitação deverá "exercer uma pressão mais longa e poderosa do que se esperava".

Na zona do euro, o crescimento deverá se recuperar no segundo semestre, depois de uma desaceleração no segundo trimestre. "Não obstante, o pico de aumento de atividade do euro agora parece passado", disse a OCDE, ao reduzir suas previsões para Alemanha, França e Itália.

Fonte: Estadão

Nenhum comentário: